Elisete Onuki, 37, participa do grupo realizando campanhas junto a comunidade. Ela é a esposa de Daisuke Onuki que deu inicio ao grupo. Eles se conheceram no projeto Monte Azul, em São Paulo. Entre os voluntários internacionais, Daisuke foi o primeiro japonês a participar do projeto. Elisete trabalhava no escritório e na parte de geração de emprego e renda das oficinas de Monte Azul. Já em 1979, quando Daisuke trabalhava na favela, começou a fazer campanhas de HIV-AIDS. Elisete tem ajudado o marido desde o começo. De volta ao Japão, Daisuke trouxe o projeto de fundar um grupo de jovens interessados em apoiar campanhas sociais no Brasil. Essa foi a origem da CRI.
O Criativos partiu da iniciativa da CRI, que captava recursos no Japão para fazer trabalhos com AIDS no Brasil. O novo grupo foi criado para atender os latino-americanos que se encontravam no próprio Japão. Em 1999 o Criativos ganhou independência, se tornando uma instituição com estatuto. Elisa Iwaki e Luisa Eiguchi estão no grupo desde a sua fundação. Além delas, o grupo é formado por mais 5 integrantes. "O grupo é pequeno mas o trabalho é intenso", garante Luisa. As atividades do grupo se dividem em quatro áreas: estudos acadêmicos, prevenção, acompanhamento pré e pós teste de HIV, atendimento telefônico e suporte ao portador. Na área da prevenção as atividades vão desde distribuição de camisinhas e panfletos à intervensões mais individuais. O atendimento é feito em postos de saúde. O atendimento telefônico é feito nas segundas em Minato-machi, Yokohama e nas quintas em Shinjuku. Quanto ao suporte ao portador, o grupo realiza reuniões periódicas entre pessoas que vivem com HIV-AIDS e seus familiares e pareceiros ou parceiras. O objetivo é de que o grupo se estruture e então se forme um grupo de auto-ajuda.
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