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Educação das crianças brasileiras no Japão

Para os brasileiros que vivem no Japão há algum tempo, escolher uma escola para seus filhos não é tarefa fácil. Existem escolas brasileiras que oferecem aulas em português, mas nem sempre essa é uma opção e muitas crianças e adolecentes brasileiros estão frequentando escolas japonesas. Conheça algumas histórias de pais que decidiram por esse caminho.
Tami Maeshiro - fotografia sedida
Tami Maeshiro - fotografia sedida
As escolas japonesas oferecem algumas vantagens quando comparadas às brasileiras. A maior delas é a financeira, o custo para os pais é muito mais baixo. Não há mensalidade e os livros são fornecidos pelo governo. Os pais pagam apenas o material individual das crianças e a taxa de refeição escolar. As escolas atendem apenas as localidades próximas. Os pais não gastam no transporte também. Outra vantagem é o fator comodidade. Todos os bairros têm escolas e as crianças não perdem tempo no deslocamento.
Na reagião de Kanto onde existem menos brasileiros, os pais muitas vezes não têm escolha senão colocar os filhos em escolas japonesas. Essa opção exige muito mais esforço e dedicação por parte dos alunos e dos pais. Geralmente, os pais acabam tendo de aprender junto com os filhos. Para muitos essa oportunidade é valiosa. Ester Naomi Maeshiro e o marido Jorge decidiram viver no Japão e para seus filhos, a melhor escolha seria a educação convencional japonesa. "Tive de me esforçar muito mais do que os outros pais para que os meus filhos não sentissem nenhuma desvantagem quanto aos outros alunos pelo fato de sermos estrangeiros", disse Ester. Sua filha Tami, de 14 anos, está tão adaptada à sociedade japonesa que Ester precisa tomar cuidado para que ela não esqueça completamente suas raízes.
Esse é um ponto que assusta alguns pais.
Assim como ela, outras mães brasileiras da área de Kanto têm essa preocupação. Segundo Luciana Tani, presidente do Grupo Brasil - Grupo Cultural Recreativo Brasileiro, esse foi o motivo que levou à criação do grupo, que atualmente conta com 25 famílias associadas. O grupo procura passar para as crianças brasileiras o conhecimento da língua e da cultura brasileira de uma maneira divertida.
Luciana sentiu a necessidade criar atividades porque sua filha, Tiara Tani, de 12 anos, também fala mais japonês do que português. "Comecei a falar em japonês com ela, embora eu não falasse muito bem. O mais importante era me comunicar com ela e essa foi a língua que encontrei para fazer isso", explicou Luciana. A adaptação, no caso das crianças, se dá de uma maneira muito mais fácil. Caso os pais não acompanhem os filhos, a própria língua pode causar dificuldade na comunicação familiar.
As escolas japonesas também procuram se adaptar para atender melhor as crianças estrangeiras. Nas localidades onde há maior conscentração de brasileiros, as escolas já oferecem programas especiais de acompanhamento escolar em grupo para as crianças. Onde há menos estrangeiros, as escolas e as prefeituras oferecem acompanhamento individual. Kazue Imasato, mestre pela Universidade de Estudos Estrangeiros de Tokyo, acompanhou duas meninas brasileiras durante um ano e meio. "Eu dava aulas de japonês para elas e para a sua mãe", contou Kazue. Segundo ela, o pedido partiu da escola por causa da dificuldade de comunicação. "No começo, a mãe não entendia os comunicados da escola e elas perdiam atividades escolares", afirmou. As duas meninas não conheciam a tradicão e a cultura japonesa e passaram maus bocados. "Elas não almoçavam, quando não sabiam o que lhes era servido", contou Kazue. O acompanhamento ultrapassou o período de adaptação e se prolongou até o retorno das meninas ao Brasil. "Antes de voltarem, elas estudaram um pouco de português e não tiveram muitos problemas na volta", contou Kazue. Segundo ela, a maior vantagem de estudar em escolas japonesas é com certeza o fato de que as crianças aprendem duas línguas e culturas diferentes. "O importante é não perder o português e a identidade brasileira", disse.


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