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Escolas Brasileiras no Japão

Dentro de uma sala de aula não existe um dia igual ao outro
Fotografia de Verônica Dantas
Fotografia de Verônica Dantas
Rebeca Tavares Coutinho, 40 anos, está no Japão há 10 anos. A escola Professora Rebeca já existe há 6 anos. Com 20 anos de magistério, Rebeca veio para o Japão trabalhar em fábrica. "Gostei da experiência, tive bastante contato com os japoneses nessa época", contou. Ela nunca sofreu nenhum tipo de discriminação, ao contrário, sempre se sentiu respeitada graças a sua profissão. "As pessoas sabiam que eu era professora e eu me sentia valorizada. Me deram trabalhos de responsabilidade como kensa". Mas não se engane, as mãos da professora também carregaram muito peso. Mesmo depois que abriu a escola, Rebeca continuou trabalhando na fábrica por um ano, antes de conseguir alcançar autonomia.
Atualmente a escola tem aproximadamente 150 alunos, de 4 a 15 anos. "Comecei dando aula para os meus filhos porque notei que eles estavam começando a perder o português", contou. Logo vieram mais crianças da visinhança e de três anos para cá a procura por escolas brasileiras tem aumentado muito. "Estamos vendo os documentos para entrar com registro no MEC", contou. "Eu gosto muito do que faço. Dentro de uma sala de aula não existe um dia igual ao outro. Na fábrica, todos os dias são iguais".
Segundo a professora, tanto no Japão quanto no Brasil as mulheres têm alcançado mais destaque do que os homens. "Isso acontece muito dentro da comunidade brasileira", afirmou. Ela acredita que o homem brasileiro não é tão machista e dá o espaço e o apoio necessário. Segundo ela, muitas mães de alunos estão deixando a fábrica para começar outros negócios e é o homem que continua na fábrica para garantir o sustento. "Meu marido Régis foi o primeiro a me apoiar. É importante ter alguém que acredite na gente", disse. No entanto ela adverte os alunos: "Se não tomar cuidado, é a mulher que vai tomar conta do mundo". Segundo a professora, as meninas tendem a ser mais dedicadas. "Os meninos estão aprendendo através da convivência com elas. Eles sabem que ao voltar ao Brasil vão estar competindo com elas por um espaço no mercado de trabalho", explicou. Outra mudança que ela notou é que os meninos estão se libertando do peso da responsabilidade de manter a família. "Não existe mais aquela história de que sou menino por isso preciso dar um jeito de me dar bem para manter a família". Para Rebeca, o maior perigo e problema das mulheres atualmente é o excesso de trabalho. "Nós trabalhamos demais e ainda tem a casa. Sem a ajuda dos meus filhos e do meu marido, seria muito difícil de conciliar trabalho e casa".


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