O MIC, grupo de voluntários que se formou a partir da proposta de pensar sobre os problemas de comunicação e tratamento médico que os estrangeiros passam no Japão, realizou o seu quarto encontro sábado 5, em Yokohama. A proposta surgiu em 1999 e atualmente o grupo é formado por tradutores que tem feito acompanhamento hospitalar para estrangeiros. Os voluntários se reúnem para trocar informação, discutir dificuldades e estudar. Um dos objetivos do grupo é a institucionalização do trabalho de intérprete para acompanhamento hospitalar. O grupo conta com tradutoras e intérpretes para português. A brasileira Emília Hamada é médica e ajuda com a tradução. "Eu comecei a fazer esse tipo de trabalho de tradução junto às entidades médicas durante a Copa", contou. Emília resolveu dar continuidade ao seu trabalho e já acompanhou dois pacientes pelo MIC. "A recepção por parte dos médicos e assistentes pessoais foi muito boa e a paciente me disse que se sentiu mais segura", disse.
Noriko Yamaguchi é uma das voluntárias japonesas que também ajuda na tradução para português. Ela já faz esse trabalho há algum tempo e disse não ter tido nenhum novo problema. Tânia Wada, outra tradutora brasileira, ainda não fez nenhum acompanhamento pelo novo projeto do MIC, mas também deu seu depoimento. "Acho importante que o grupo busque a sistematização das traduções em hospitais até para evitar que nós tradutores nos envolvamos pessoalmente com os pacientes", explicou.
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