O marido, um japonês apaixonado pelo Brasil – principalmente pelo futebol – foi o primeiro a incentivar Ilsa Eiko Komatsu, 35 anos, a se inscrever como voluntária. A brasileira, que fez mestrado na área de ensino da língua japonesa na Universidade de Educação de Fukuoka, ficou interessada em participar do grupo quando viu uma convocação feita pelos organizadores em um programa de TV. Mas, surgiu a dúvida: com quem deixar a filha Helena, de 2 anos? Kazunori, são-paulino roxo, não pensou duas vezes antes de se “voluntariar” para servir de babá nos dias em que Ilsa estiver na rua orientando visitantes estrangeiros. “Não estou trabalhando na área, achei que se desse para ajudar as pessoas usando o conhecimento da língua, seria uma maneira de colaborar”, explica. Com a experiência de quem está no país há dez anos, entre idas e vindas, Ilsa se prepara para receber torcedores de todo o mundo, inclusive do Brasil, munida de seu japonês, inglês e, claro, português fluentes. Sua principal tarefa será orientar os estrangeiros perdidos em meio a ideogramas indecifráveis para que cheguem ao seu destino sãos e salvos. Apesar do entusiasmo do marido quando o assunto é futebol, Ilsa confessa que só se interessa pelo esporte durante a Copa do Mundo. “Minha torcida é pelo Brasil, claro”, enfatiza. |