O primeiro uso do washi foi para a impressão de sutras budistas. O washi sempre foi utilizado também nos documentos. Até hoje, alguns exemplares estão a exposição no museu da Ozu Sangyo. Mais tarde, descobriu-se que o papel japonês poderia originar outros produtos. Nas casas japonesas, é comum encontrar biombos, papéis de parede e luminárias feitas de washi. Ele foi largamente utilizado até a entrada do papel industrializado. A Ozu Sangyo foi responsável pela produção de papéis com as mais diversas finalidades: desde impressão de dinheiro a simples papéis de embrulho para kimonos da Mitsukoshi, loja de departamentos.
Atualmente o washi é utilizado para criação de flores, caixas, embrulhos de presentes, porta-lápis e cestas com o papel.
O washi serve de matéria-prima para artes como origami (dobradura de papel), oshiê (pintura de pano em relevo), chigiri-e (desenhos feitos a partir de pedaços pequenos de papel colados em shikishi – placa de papel), e para
confecção de bonecos de papel. O shodo de alta classe também utiliza o washi.
Outro uso importante é na reparação de documentos e desenhos antigos. O
motivo é a durabilidade do washi, além de ser difícil de rasgá-lo.
O comerciante Tsutomu Shimizu, proprietário da Sugamo Washi, em Tokyo,
afirma que suas principais clientes são senhoras com mais de 30 anos e que praticam origami e chigiri-e. Shimizu não faz o trabalho manual, apenas vende o produto pronto. “Não sou muito habilidoso, mas sempre tive interesse no washi.”
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