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Japão e Coréia: depoimentos de quem venceu as barreiras da língua e cultura

Hitomi e Yukiharu Amasaka
Hitomi, 44 anos, é coreana e está casada com Yukiharu Amasaka há 22 anos. Os dois se conheceram quando trabalhavam no Governo da província de Toyama. "Vim para um programa de intercâmbio cultural de 9 meses e foi nessa época que nos conhecemos", contou. Para Hitomi, que havia estudado japonês por apenas 3 meses antes de chegar ao arquipélago, o trabalho não era fácil. "As línguas são gramaticalmente parecidas e os coreanos têm mais facilidade de aprender", explicou Hitomi que também ensina coreano. "O contrário nem sempre funciona para os japoneses", adverte. Ela conta que seu marido procurou aprender com ela mas que depois do casamento o interesse acabou. "Ele me diz que se ele aprendesse coreano, eu acabaria não aprendendo o japonês", explicou. Desculpa furada ou não, o método funcionou. Hitomi fala japonês fluentemente e não passa por dificuldades no cotidiano.
As duas famílias foram muito contra o casamento, mas o amor dos dois foi mais forte. "Há 22 anos, Japão e Coréia nem mantinham relações internacionais", relembra. Os dois noivaram e decidiram casar sem autorização de ninguém. A cerimônia foi realizada em uma igreja na Coréia pois na época Hitomi não poderia obter um visto japonês. "Meu pai não foi a cerimônia, mas minha mãe e alguns parentes estavam presentes e para mim isso foi muito bom", contou.
Hitomi conta que casou sem grandes expectativas. "Na época, a imagem dos japoneses na Coréia era muito ruim", explicou. Aos poucos, ela foi encontrando o apoio do marido em pequenas ações. "A maioria dos maridos japoneses que conheço são super protetores e não deixam as esposas fazerem nada sozinhas", disse. No seu caso, a independência sempre foi um valor do casal. "No começo, cheguei a pensar que era falta de atenção dele, mas pensando bem, ele estava me dando o espaço de fazer, errar e aprender sozinha", contou. Com duas filhas crescidas, Tomomi, 17 anos, e Mari, 15 anos, Hitomi encontra tempo para se dedicar a várias atividades. Ela trabalha no centro de informações do aeroporto de Toyama, nos dias em que chegam vôos da Coréia e também como intérprete. Suas tardes de terças-feiras são dedicadas ao Gaikokujin Soudan, Aconselhamento aos Estrangeiros. Todas as noites ela dá aulas particulares de coreano.


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