Nos meados dos anos 90, dizia-se que um em cada dez pessoas do mundo perderia um amigo, conhecido ou parente vítima de aids. "Faço parte deste grupo", conta Inácio. Somente do período da faculdade, ele viu três amigos falecerem devido às complicações da AIDS. "Um era homossexual, outro era usuário de drogas, e o terceiro tinha fama de ser o maior ¨Don Juan¨ da turma", conta. Ele ficou sabendo da morte deles quando já estava no Japão, entre 1991 e 1993, trabalhando em uma fábrica em Shizuoka. "Eram pessoas que eu esperava reencontrar quando retornasse ao Brasil. Queria agir, fazer algo, não deixar que outras pessoas tivessem que morrer por causa da AIDS, mas não sabia como fazer isso", relembra. Inácio retornou ao Japão em 1995, para exercer sua profissão de jornalista, e foi esse o primeiro contato com o grupo Criativos. Inácio mudou de atividade e agora administra funcionários de mais de 10 nacionalidades diferentes. Ele estava querendo fazer uma campanha entre seus funcionários e não sabia como. "Vi no treinamento a chance de atualizar meus conhecimentos, e tentar absorver técnicas de repasse dessas informações às pessoas ao meu redor", conta. Inácio está decidido a realizar uma campanha de esclarecimento entre seus funcionários. "Quero ver se consigo plantar uma semente de conscientização dentro das pessoas ao meu redor" disse. |