A palavra japonesa ganhou espaço na mídia e hoje é sinônimo de morte por excesso de trabalho. Foi no final da década de 80 que a morte repentina de vários executivos de alto escalão, que ainda estavam no auge de suas carreiras, começou a chamar a atenção da imprensa. Na verdade, já durante as três primeiras décadas do pós-guerra, o número de homens de 40 a 50 anos que morriam de doenças cardíacas ou cerebrais era elevado. Esse fenômeno ganhou o nome de karoshi, literalmente morte por excesso de trabalho. Quando a doença ganhou nome e seus sintomas passaram a ser divulgados, ficou claro que o mal afligia a muitas pessoas. Embora seja difícil precisar o número de mortes diretamente relacionadas às circunstâncias de trabalho, o Ministério do Trabalho no Japão tem estatísticas que comprovam o seu crescimento desde 1987, quando houve apenas 21 casos de karoshi. Já em 1989 o número cresceu para 30. A estimativa do governo é de que entre 20 a 60 casos sejam registrados por ano, mas muitos estudiosos acreditam que esse número seja muito mais próximo de 10 mil, que seria aproximadamente um terço das mortes causadas por doenças do cérebro e cardiovasculares. |