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Saiba mais sobre os brasileiros ilegais detidos no Japão

Kazunori Akagi faz parte de um grupo liderado pelo pastor japonês Hiroshi Takeda que faz visitas aos brasileiros detidos em Ushiku. O pastor Takeda teve contato com a comunidade brasileira há 3 anos e meio quando foi procurado por um grupo que residia na região e pediu para utilizar o espaço da igreja para reuniões em português. "A primeira vez que fomos visitar o Centro foi a pedidos de amigos de um dos detidos", contou Akagi. Os amigos não tinham notícias dos brasileiros e pediram para que o grupo tentasse localizá-los. "Nessa época passamos a visitar 3 pessoas que já estavam lá há praticamente um ano", explicou Akagi. Os brasileiros que estavam detidos não podiam ficar no país e não tinham recursos para voltar ao Brasil. "Ficamos sabendo que há mulheres também", disse Akagi. Segundo ele, os detidos precisam e pedem para o grupo fazer as visitas. "As visitas só são permitidas durante os dias da semana e por causa da distância, muitos familiares não podem fazer visitas regulares", justificou. Além de fazer visitas e conversar com os brasileiros, o grupo leva também objetos pessoais de primeira necessidade, como produtos de higiene. "Há uma cantina dentro do Centro que vende esses produtos, mas muitos não tem nem o dinheiro para adquiri-los", contou. Outro pedido que os brasileiros fazem com frequência são selos e cartões telefônicos para entrar em contato com familiares e amigos. Esse trabalho de assistência e acompanhamento tem sido realizado pelo grupo há 6 meses. "Gostaria de pedir que outros brasileiros também participassem e pudessem ajudar de alguma maneira os detidos de Ushiku", pediu Takeda. Segundo ele, a chegada de um missionário brasileiro ainda esse mês deva facilitar o trabalho. "Os brasileiros falam um pouco de japonês, mas nossa comunicação ainda é falha", explicou.

Os interessados em participar ou ajudar a Igreja Ushiku nas visitas ao brasileiros detidos em Ushiku podem entrar em contato com Kazunori Akagi, em português, pelo tel. 090-1503-1440

Eder Endo Lopes, de 19 anos, nascido em Paranavai no Paraná decidiu vir para o Japão por causa de amigos por causa dos seus pais que já se encontravam aqui. Lopes morava em Aichi, mas já está detido há um ano. Para ele, o maior problema que enfrenta é o tédio. "Divido uma cela com 11 pessoas. Tomamos banho 3 vezes por semana, com água quente. As celas ficam abertas durante o dia, das 9h30 às 11h25 e das 14h25 às 16h25. A televisão, em japonês, fica ligada das 9h30 às 22h. Nos dias em que tomamos banho, há atividade física de 30 minutos", contou. As compras na cantina assim como as ligações telefônicas devem ser pagas individualmente. "A gente faz um pedido por escrito para ligação telefônica e no dia seguinte eles fazem a ligação para você", acrescentou.

Rafael Lee Santana, de 19 anos, nascido em São José do Rio Preto, em São Paulo está no Japão há 3 anos. Ele veio para ajudar os seus pais e pretende ficar no país. "Meus pais estão me apoiando e ainda quero que eles também venham para cá", disse. Detido há um ano, a única ajuda que Santana tem recebido é a da Igreja de Ushiku.

Milton Tamazumi, 31 anos, nascido em Campo Mourão, no Paraná, morava em Gunma quando foi detido. Está detido há seis meses e está a espera de ajuda.

Segundo a Embaixada do Brasil em Tokyo, existem recursos de repatriação, mas que são utilizados apenas em casos de emergência, calamidades ou doenças. "A expectativa é de as pessoas tentem obter seus próprios recursos e elas mesmas devem fazer seus contatos", disse o conselheiro da Embaixada, Francisco Carvalho Chagas. Esse parece ser o procedimento seguido por todas as Embaixadas. Segundo a Embaixado dos Estados Unidos, o máximo que eles podem fazer é ajudar os detidos a entrar em contato com familiares e amigos no país de origem. O Consulado Brasileiro através do vice-cônsul Ibes Luiz Moreira Costa, que faz visitas periódicas aos Centros de Imigração e Detenção. "Nós recebemos comunicados por parte do Centro de Imigração e muitas vezes recebemos cartas também por parte dos brasileiros detidos com dificuldades de localizar familiares", disse o vice-cônsul. Segundo ele, nem sempre o consulado consegue entrar em contato com as pessoas por causa da mudança de endereço ou mesmo falta de interesse por parte dos próprios familiares. O Consulado também não dispõe de uma verba para auxiliar no retorno ao País. O vice-cônsul pretende fazer uma visita ao Centro de Imigração em Ibaraki na terça-feira 7 e anotar os dados de todos os brasileiros, inclusive os que já enviaram cartas pedindo auxílio. "Sempre procuramos levar material para que eles possam escrever cartas, porque eles sentem uma grande necessidade de entrar em contato com os familiares", explicou. Segundo Costa, de 30 a 40% das cartas que o consulado recebem são relativas aos brasileiros detidos nos centros de imigração.


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